20170801 Oliveira Sessenta Anos
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OLIVEIRA MAIA
Sessenta Anos
Autor: Lucarocas

Deus com a sua bondade
Fez justo todos os planos
E escreveu com verdade
Momentos muitos ufanos
Pra que Oliveira Maia
Da sua benção não saia
Depois dos sessenta anos.

Filho de um casal guerreiro
Dona Neusa e seu Porcino
Que fizeram pra o herdeiro
O melhor do seu destino
E deram pro Oliveira
Pra que ele a vida inteira
Tenha alma de menino.

Menino que com alegria
Trazia o riso na cara
Na Fazenda Samaria
Tinha um cavalo de vara
E cultivou na memória
Um marco da sua história
Ali em Jaguaribara.

No seu jeito de criança
Era feliz onde estava
E crescia na esperança
Que nada se transformava
E que sempre viveria
Com sua imensa alegria
Na cidade onde morava.

E ele o filho casula
Ali não foi demorar
Na sua mente formula
Vontade de se mudar
E na vida de menino
Faz mudança de destino
Para poder estudar.

E assim o Oliveira
Não se fiou na tristeza
E foi derrubar barreira
Em busca de uma certeza
E pra poder melhorar
Ele então foi estudar
Na capital Fortaleza.

Mas ali não se firmou
E teve que se mudar
E em Recife encontrou
Espaço para morar
E pra cumprir novo plano
Foi morar com o Cristiano
E em Recife estudar.

Tinha uma vida serena
Com o seu corpo franzino
Era chamado de “Pena”
Apelido de menino
Mas sua fragilidade
Se perdia na vontade
De cumprir o seu destino.

Terminou a faculdade
Com força garra e energia
Buscando felicidade
Naquilo que ele queria
Deixou Recife pra lá
Voltou para o Ceará
Com a sua odontologia.

E trabalhou com afinco
Nessa sua profissão
E no ano oitenta e cinco
Foi selar sua paixão
Encontrando a outra banda
No amor de Edilanda
Com quem firmou união.

Teve na vida três filhos
No seu curso natural
A Geórgia trouxe brilhos
Pra depois vir um casal
Com Mayane e Emanuel
Oliveira o seu papel
Cumpre de pai afinal.

Mas viver em Fortaleza
Servia pela metade
Pois lá não tinha a beleza
Da sua felicidade
Pois nada então se compara
A sua Jaguaribara
Seu torrão sua cidade.

Por sua terra natal
Sempre teve muito amor
Foi gestor municipal
Se elegeu vereador
E já quando advogado
Pelo povo era chamado
De Oliveira doutor.

Na sua advocacia
Gostava de trabalhar
Muita gente defendia
No seu jeito de atuar
E trabalhava contente
Até mesmo pra cliente
Que não podia pagar.

Na sua Jaguaribara
Ele ia trabalhando
Na fazenda ele prepara
A terra que ia plantando
E assim em sua destreza
Sempre ia à Fortaleza
Mas a terra ia voltando.

Com jeito empreendedor
Em tudo fez expansão
De dentista a vereador
Fez tudo com emoção
Fez do trabalho o seu sócio
E agora tem negócio
No ramo do camarão.

Um amante da política
Sempre fez tudo direito
A outro ele não critica
Resolve com muito jeito
E o que tem seu aprovo
Recebe sempre do povo
A gratidão e respeito.

E com seu jeito humorado
Achando não fosse cara
Ele faria comprado
Tudo aquilo que amara
E com toda a sua riqueza
Trazia a Fortaleza
Pra sua Jaguaribara.

Mas como não tem dinheiro
Pra Fortaleza levar
Ele vira fazendeiro
Ali naquele lugar
E coloca o seu cuidado
Na sua poção de gado
Que ele vive a criar.

Oliveira acorda cedo
Para ir para fazenda
Vive feliz sem segredo
Sem nada que o surpreenda
Coloca sua alegria
Na luta com a vacaria
Sem nunca pensar em venda.

Na lida com alegria
Às vezes busca um atalho
E arranja parceria
Para um jogo de baralho
Conversa umas lorotas
Conta também anedotas
Misturadas com trabalho.

No seu sonho de criança
Vai na vida semeando
Semente de esperança
Para o mundo ir melhorando
E assim na sua estrada
Vai vendo frutificada
Semente que foi plantando.

E no trilhar do caminho
Por todo seu caminhar
Nunca esteve sozinho
No que tinha que enfrentar
Pois a família presente
O Oliveira só sente
A grande força do amar.

E esse homem guerreiro
Segue feliz em seus planos
Um amigo e companheiro
Que não se rendeu a enganos
Hoje feliz com os seus
Recebe a benção de Deus
Pelos seus sessenta anos.

Fortaleza, Agosto de 2017.